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Como o governo brasileiro  espera atrair mais investidores internacionais?

O governo brasileiro está considerando seriamente uma isenção do imposto de renda para investidores internacionais que investem em títulos corporativos nacionais. Esta é uma iniciativa para, assim o esperamos, reduzir os custos de financiamento das empresas locais, numa altura em que as taxas de juro estão a aumentar rapidamente.

Em declaração oficial à Reuters, foi relatado que a elaboração de disposições visa expandir ainda mais o acesso das empresas brasileiras ao capital de investimento estrangeiro. Pretende atrair mais investidores internacionais, alinhando o tratamento fiscal dado aos títulos corporativos com os já existentes, aplicados a investimentos de capital por não residentes no Brasil.

Actualmente, os investidores internacionais estão sujeitos 15% de imposto sobre mais-valias de títulos privados nacionais, mas estão isentos de impostos se decidirem investir no mercado bolsista e na dívida pública do país. Por outro lado, os investidores nacionais estão sujeitos a 15% a 22,5% de taxa de imposto derenda sobre os rendimentos obtidos de obrigações corporativas, dependendo do período em que são detidos.

Dois Funcionários doMinistério da Economia revelaram que está em curso um processo de execução com a mudança como parte integrante de uma pequena reforma do mercado de capitais, como confirmado por outros dois funcionários do Ministério da Economia.

A abertura das portas do Brasil ao aumento dos investimentos estrangeiros aumentará o acesso ao seu mercado de capitais. O país pretende atrair dólares e fortalecer ainda mais a sua moeda local para ajudar aliviar o fardo de uma inflação de dois dígitos.

O real brasileiro vem mostrando melhorias, como evidenciado pelo seu fortalecimento de 7% a mais em relação ao dólar americano até agora em 2022. Este progresso é ainda impulsionado por influxos financeiros líquidos de mais de 10 bilhões de dólares.

Em 2006, o Brasil isentou os investidores estrangeiros do imposto de renda sobre investimentos feitos em títulos públicos, o que, por sua vez, ajudou os governos a estender os prazos de vencimento da dívida, ao mesmo tempo em que efetivamente reforçou os influxos financeiros.

De acordo com uma fonte, uma ordem executiva delineando uma isenção textual semelhante para títulos privados estará pronta em breve. Isto foi motivado por estudos realizados por Fazenda e Serviço de Impostos do Brasil. A ordem executiva exigirá a aprovação do Congresso para se tornar uma legislação permanente.

As revisões iniciais, no entanto, revelaram um impacto menor na receita desta proposta de isenção de impostos, dado que existe um número relativamente pequeno de participações estrangeiras de dívida corporativa no Brasil.

Outra fonte de informação de que a mudança fiscal seria aplicável à dívida local emitida por empresas não financeiras, um mercado atualmente avaliado em 1 trilhão de reais (US$ 194 bilhões) de acordo com Dadosdo Banco Central do Brasil , com investidores estrangeiros detendo atualmente apenas 2,7% do seu total.

( $1= 5,158 reais)

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Esta informação não pretende ser um substituto para aconselhamento fiscal ou jurídico específico e individualizado. Sugerimos que discuta a sua situação específica com um consultor fiscal ou jurídico qualificado.